

Os shoppings de Maringá estão impedidos, por decreto municipal, de funcionar aos finais de semana, dias que representam metade do movimento e faturamento desse tipo de empreendimento. O fechamento dos cinemas, espaços de entretenimento e o horário menor de funcionamento das lojas nos dias de semana contribuem para agravar a situação econômica das lojas.
Segundo o Sindicato das Empresas Instaladas em Shoppings de Maringá (Sindesc), 1,9 mil profissionais foram demitidos das lojas desde março, e a situação deve se agravar nos próximos dias, por causa do vencimento da suspensão de contratos de trabalho, prevista em medida provisória do governo federal, e se não houver mudanças no cenário atual.
Com horário reduzido de funcionamento, esses estabelecimentos registram 40% do faturamento em relação às médias mensais dos últimos anos. A situação se repetiu no Dia das Mães e Páscoa, que têm grande importância no calendário de vendas do varejo. E agora, com estoque alto e faturamento reduzido, os lojistas temem prejuízo maior com o Dia dos Pais.
“É uma situação caótica, e se assim continuar, vai levar ao fechamento de outras centenas de empregos. Mais de cem lojas foram fechadas, e se não houver a abertura nos finais de semanas, outras dezenas fecharão as portas, o que vai agravar a situação, já que os empresários se juntaram aos milhares de desempregados da cidade”, diz o presidente do sindicato, Max Silvestrelli.
A situação é ainda pior para os lojistas de praça de alimentação, que em média têm registrado 20% do volume de vendas dos meses anteriores à pandemia. Para eles, a abertura até as 22 horas nos dias de semana e o funcionamento nos finais de semana é questão crucial para a sobrevivência. No Brasil, cerca de dois terços dos shoppings estão abrindo diariamente, incluindo nos finais de semana.